domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ser

Ser preto, ser negro, ser seu. Ser porra nenhuma. Sem porra de nada. Essa porra amassada, nesse chão sem cor.
Por que a cor dos meus pés é a mesma cor dos seus pés, e eu não sáio dos seus?
Que porra é aquela espalhada, que vira conto de fadas nestes contos de pensamentos nossos. Esperava o que?
Que porra é essa agitada, neste monte de nada, num velho canto só meu?
Eu quero sair do escuro, aparecer pra vocês, e ver os aplausos que todos querem ouvir, como se fosse o fim de um espetáculo onde todos de pé te jogam tomates, e no meio me mate, só pra isso não ter um fim!
Que porra é essa desnuda, na bala apontada na agulha, no comesso do fim.
Se eu sou virgem, que porra. Essa porra não é minha? Que é que tenho a ti, vir?
E se eu fosse aquele que se forja de preto pegador, mais não o que come demais, o que se apega demais só por uma noite debaixo de um cobertô?
Eu fui salvo hoje, e seu serei salvo amanhã.
Fui e vou!
Ser?
Se ganhace algo por dia viveria naquela orgia do famoso jogador?
Ser pra que?
Poupe-me da sua politica tardia.
Tenta ser! 
Vai pra porra sacana, não sou preto, sou lama, da grama do meu jardim!
Algo pra alguém.
Já sei. Não entendeu porra nenhuma. Não tem problema!
Ser o que? Ser, nada! Ser porra nenhuma...
Ser.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Pathology

Um dos melhores filmes com, um pouco de terror e um pouco de suspense, que na verdade não é nenhum suspense por que tudo começa bem evidente a partir do momento em que a ação de verdade se inicia. O filme “Pathology”, que em português alguém teve a “sábia” iniciativa de trocar o nome para “Autópsia de um crime” que não deixa de ser a base central desta tiragem, que de forma muito inteligente vai se passar num hospital-faculdade onde alguns dos melhores patologistas se encontram numa disputa para quem consegue melhor e em menos tempo descobrir a causa da morte daquele cadáver.

Um calouro acaba de chegar de Lagos, na África, onde passou os últimos quatros meses num programa da UNICEF. Ele foi o melhor aluno de sua turma na universidade de Harvard, depois passou dezoito semanas em Belevio em New York. Vem para o centro médico da universidade metropolitana para estudar por financiamento do seu sogro, naquela que é umas da melhores e mais caras universidades de médicos patologista que já se viu. Ele se depara com uma equipe de outros dos melhores estudantes daquele local, e com bastante energia e ousadia surpreende a todos de primeiro momento ao descrever a causa da morte de uma de suas primeiras experiências naquele estágio. O filme tem uma filosofia voltada pra medicina, que torna aquele já médico em perito. Passa pelo seu momento infantil levado de drogas e sexo entre aquele grupinho que se forma para uma disputa.

Mais cadáveres começam aparecer de pessoas que estavam ali a poucos instantes, e é daqui que surge a pergunta:

E quem os matou? - O calouro é convidado, a partir daí, a fazer parte de uma equipe de perversos, pervertidos, que o convida pra tal disputa onde cada um vai ter que apresentar a olho nu a sua melhor, “obra de arte”, e esperar que os outros não descubram o seu feito. Vale ressaltar que seus protagonistas são de classe alta, e por isso tanta perversão e perversidade, enfim, uma estória surpreendente, e não é para qualquer um suportar tanto corpo dilacerado, mas que vale a pena ver este enredo, que, a meu ver, foi um pouco óbvio, mas que pode te surpreender.

Mensagem no filme que me chamou muita atenção no início do filme:

" Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.

Conservarei imaculada minha vida e minha arte.

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.

Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.

“Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.”

Hipócrates