domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ser

Ser preto, ser negro, ser seu. Ser porra nenhuma. Sem porra de nada. Essa porra amassada, nesse chão sem cor.
Por que a cor dos meus pés é a mesma cor dos seus pés, e eu não sáio dos seus?
Que porra é aquela espalhada, que vira conto de fadas nestes contos de pensamentos nossos. Esperava o que?
Que porra é essa agitada, neste monte de nada, num velho canto só meu?
Eu quero sair do escuro, aparecer pra vocês, e ver os aplausos que todos querem ouvir, como se fosse o fim de um espetáculo onde todos de pé te jogam tomates, e no meio me mate, só pra isso não ter um fim!
Que porra é essa desnuda, na bala apontada na agulha, no comesso do fim.
Se eu sou virgem, que porra. Essa porra não é minha? Que é que tenho a ti, vir?
E se eu fosse aquele que se forja de preto pegador, mais não o que come demais, o que se apega demais só por uma noite debaixo de um cobertô?
Eu fui salvo hoje, e seu serei salvo amanhã.
Fui e vou!
Ser?
Se ganhace algo por dia viveria naquela orgia do famoso jogador?
Ser pra que?
Poupe-me da sua politica tardia.
Tenta ser! 
Vai pra porra sacana, não sou preto, sou lama, da grama do meu jardim!
Algo pra alguém.
Já sei. Não entendeu porra nenhuma. Não tem problema!
Ser o que? Ser, nada! Ser porra nenhuma...
Ser.

2 comentários:

  1. Mas será que ser, por ser, basta?
    Não sei. Só sei que é melhor que ser porra nenhum, a não ser, que não ser te faça feliz.
    Entã... sejá feita tua vontade

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